VEREADORES DEIXAM A CÂMARA E ITINERAM POR BAIRROS DA CIDADE
Ex-vereador José Ivo de Souza, autor da proposta, participou da instalação da Sessão Itinerante "Câmara bem perto do Cidadão"
Fotos: Gazeta dos Bairros
A noite da última quinta-feira (30/05) entrou para a história do parlamento municipal, com a realização da primeira sessão itinerante da Câmara Municipal de Volta Redonda, com a utilização de intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras), exercida pela funcionária Inêz Vieira de Almeida. O presidente da Mesa Diretora, vereador Edson Quinto (PR), levou a sessão plenária para a sede da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae-VR), no bairro Sessenta, como previsto pela Resolução nº 2.310 de 26/06/2000, a partir de um projeto do ex-vereador José Ivo de Souza (Cidadania - ex-PPS).
Ex-vereador José Ivo (à dir.) acompanhou os trabalhos iniciais da Sessão Itinerante da Câmara Municipal
O principal debate ainda foi sobre a obra que vem sendo realizada pela iniciativa privada, nas imediações de um shopping, na Rodovia dos Metalúrgicos, no bairro Belvedere. Uma escavação feita sem a autorização do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), vem causando transtornos aos moradores dos bairros Tiradentes, Vila Rica, Belvedere, Roma, entre outros, como interrupção no abastecimento de água por seguidos dias e engarrafamentos na principal rodovia de acesso ao centro da cidade.
O Saae-VR reparou a tubulação que atende a esses bairros quatro vezes e o abastecimento começou a voltar ao normal na noite de quinta-feira. Os parlamentares se revezavam em discursos propondo solicitar à direção da autarquia municipal que informe o custo das intervenções para reparar a rede e restabelecer o fornecimento de água.
"É notório que houve prejuízo à população, uma vez que os impostos pagos pelos contribuintes foram gastos para reparar um dano causado pela empresa. Nada mais justo que o Saae cobre por todos os prejuízos", disse o vereador Maurício Pessoa (PSC).
Uma comissão formada por três vereadores para acompanhar o caso avalia a aprovação de um convite direcionado aos representantes da empresa e do Saae-VR, para debater o assunto e buscar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), visando a recuperação dos estragos.
Um projeto autorizativo do vereador Carlos Alberto Sant'Anna (Solidariedade), que havia sido vetado pelo prefeito Samuca, em atendimento à orientação da Procuradoria Geral do Município, teve o veto votado e derrubado pelos 15 vereadores presentes à sessão. O projeto autoriza o governo a implantar 'bueiros inteligentes' nas ruas da cidade, a partir de parceria público privada (PPP).
Edson Quinto (PR), afirmou que a sessão itinerante foi uma experiência satisfatória e que alcançou as expectativas. "A casa ficou repleta de moradores da região, e foi uma satisfação poder colaborar e interagir com a população. Ainda neste mês de junho, ou início de julho, pretendemos realizar outra sessão, em local a ser definido por uma comissão encarregada do assunto", explicou o presidente.
Ele destacou que a sessão itinerante ocorreu sem nenhum custo para o Legislativo, e que gerou legados para o local onde foi realizada. "Deixamos um cabeamento instalado para que fizéssemos a transmissão da sessão pela internet, em nossa rede social. Toda esta adequação deixamos para a Apae", revelou Edson Quinto.
Pela primeira vez numa sessão da Câmara, população pôde contar com intérprete de Libras
AUXÍLIO - O presidente da Apae-VR, Mário Vitor Lopes Netto, teve a oportunidade de se manifestar na tribuna do plenário, e pediu aos vereadores que intermediem junto ao prefeito Elderson da Silva, o Samuca (PSDB) que regularize uma pendência existente desde o ano de 2011. "A Apae cedeu por comodato uma ambulância à prefeitura de Volta Redonda, já que as características do veículo não eram adequadas para uso da entidade. Ainda em 2016, o governo da época deixou na porta da Apae o veículo em péssimo estado, sem nenhuma condições de uso", relatou Mário Vitor.
Ele contou ainda que desde o início do atual governo, vem mantendo contato com o prefeito, dizendo que a prefeitura ajudou a melhorar a situação da Apae, que passava por dificuldades e estava sendo obrigada a encerrar as atividades, mas que está completamente descartada tal condição. Ainda sobre a ambulância, Mário Vitor afirmou que não houve solução.
O presidente da Apae informou que está concluindo uma parceria com empresas do setor de Construção Civil e que, muito em breve, um terreno que pertence à associação será convertido em um empreendimento imobiliário, com transferências de rendimentos, conforme esclareceu, para o sustento das obras e ações da Apae por vários anos.